A dança: uma expressão perpendicular de um desejo horizontal.
A intrigante frase que dar título ao post me fez refletir sobre a dança e o dançar.
É intuitivo perceber a dança como fruto da necessidade de expressão do homem.
De forma que seu surgimento se liga tanto às necessidades mais concretas do ser humano assim como àquelas mais subjetivas.
Se pararmos um pouco para observarmos o universo ao nosso redor.
Certamente chegaremos a conclusão que tudo está em movimento, numa dança particular e ao mesmo tempo em ressonância com a dança do “universo”.
Como podemos ver no fragmento do poema, o tempo, de Olavo Bilac
A Lua:
Sou um pequeno mundo;
Movo-me, rolo e danço
Por este céu profundo;
Por sorte Deus me deu
Mover-me sem descanso,
Em torno de outro mundo,
Que inda é maior do que eu.
A Terra:
Eu sou esse outro mundo;
A lua me acompanha,
Por este céu profundo…
mas é destino meu Rolar, assim tamanha,
Em torno de outro mundo,
Que inda é maior do que eu…
Existem muitas formas de dança, de dançar.
Uma destas formas, a qual acho bastante interessante pelo seu significado, são as danças circulares.
Elas simbolizam a união, dançar juntos, pegar nas mãos, sentir a aproximação do outro trazendo
a alegria de dançar e cantar no mesmo ritmo e movimento onde não tem primeiro nem último todos são iguais.
Um exemplo dissso está na Ciranda e no Coco de Roda de Pernambuco(PB,AL,etc) assim como em outras danças do Nordeste Brasileiro.
Muito embora essa forma de dança exista em todas as partes mundo.
Podemos observar a dança também entre os animais.
Danças para conquistar o ser desejado, para demarcar território,etc.
Seria ingenuidade querer descrever num único post, o siginificado da dança, do dançar, para o sentido da vida desde dos animais até nós humanos.
Segue ai uma poesia que acho fantástica, e que fala um pouco deste Universo que é a dança e o dançar.
Dançar é escrever com o corpo
no espaço estendido á frente,
alongar-se,encolher-se, rodopiar, inclinar-se.
jogar-se em absoluta confiança
no Outro que a(m)para,
depois de centenas de ensaios…
Dançar é tocar música
com gestos,com os pés,
absolutamente sem voz,
na arrasadora maioria das vezes.
Dançar é interpretar com meneios
e oscilações impressionantes
ao nosso olhar supreso,
pois temos os pés no chão,
as nuances da mensagem,do enredo,
da palavra em das formas desenhadas
no espaço…
O corpo é o instrumento dos dançarinos:
suas mãos-libélulas,
suas mãos- borboletas,
suas mãos-colibris
escrevem versos no ar…
Seus pés com centenas de micro-fraturas,
seguem intinerários
que a cada instante
recomeçam
e recomeçam,
e se repetem…
A coluna é de borracha,de látex,de seda…
Curva-se,ancaixa-se,projeta-se.
e como dói,mas que importa,
se é o centro do soma?…
O rosto parece cheio de luz
e não revela os sofrimentos
nem os cansaços…
Há um sol em cadaum dos olhos,às vezes,um luar de ouro,
pois sempre brilham de prazer,
no vício sagrado
impossívelde desfazer
Já vi balerinos em cadeiras de rodas,
cada célula a vibrar,
como se fosse um palco
particular.
Já osvi com próteses de celulóide,em pleno vôo…
Já vi os que não mais podem
bailar,tornarem-se mestres,
para que osOutros possam dançar por eles…
Quemagnífica mensagem vemos nas sapatilhas
esfarrapadas e disformes,
que foram um dia de superfície lisa e brilhante,
cetim e forma…
Quantos já dançaram com pés sangrando,
joelhos inchados,microfraturas?
Quantos choravam lutos e perdas
enquanto sorriam?
O dançarino é feito de retalhos dos deuses,
lançados pela Terra,
para que não possam ser esquecidos
em sua divindade…
O dançarino tem um pouco de ave e de borboleta
ou libélula,ou pluma,ou floco de algodão,
ou pétala,ou poalha ,
a dançar na luz…
Clevane Pessoa
Esse Post é dedicado a Maike Rinne.
Uma Mulher feita de dança e música!
“O maior dos reis da Europa desejava ter o maior matemático da Europa”
Nascido em Turin em 1736; foi sem dúvida um dos maiores matemáticos do século XVIII.
A frase título deste post foi dita pelo Rei Frederico, o Grande, convidando Lagrange para ocupar o lugar de Euler em Berlim.
Lagrange, foi o grande responsável por uma grande tradição matemática na Escola Politécnica de Paris.
Com a morte de Lavoisier, na guilhotina, pelo regime de terror que se seguiu a Revolução Francesa; ele revoltado disse: “Bastou a turba um momento apenas para decepar-lhe a cabeça, um século não será suficiente para que suja outra igual.”
Com a idade, Lagrange tinha longos momentos de melancolia e solidão.
Aaos 56 anos de idade, a filha de um amigo , quase quarenta anos mais nova que ele, comoveu-se tanto com a infelicidade dele, que insistiu em casar-se com ele.
“De todos os prêmios que recebi, aquele que tenho de mais valioso é minha meiga e dedicada esposa.”
A obra monumental de sua vida, foi sem dúvida, Mécanique Analytique publicada em 1788.
Essa obra contém as equações gerais de movimento de um sistema dinâmico, conhecidas hoje como equações de Lagrange.
O amor não é uma coisa boa! Ao menos não foi para Galois!!
Évarist Galois, nascido em Paris em 1811 morto em 1832.
Tentou por duas vezes ingressar na, famosa, Escola Politécnica e reprovado em ambas as veses.
Segundo seus examinadores “Ele está despreparado para cumprir as exigências formais do exame”.
Deixaram, com isso, de perceber o grande gênio que era Galois. Isto e o suicidio de seu pai, perseguido pelos Clérigos, foram grandes golpes na vida de Galois.
Contudo, ele, não se deixou abater, em 1829, ele entra para Escola Normal…
Em 1830, foi preso por se envolver na revolução, o que lhe causou a expulsão da Escola Normal.
Após vários meses presos, em 1832, Galois se envolve num duelo a pistola, por causa de uma “disputa” amorosa.
Provocando assim, sua morte prematura.
Na noite anterior ao duelo, presentindo que não sobreviveria, Galois escreveu uma especie de testatemento científico na forma de uma carta a um amigo.
Este documnto falava de suas descobertas, que não foram publicadas, que posteriormente dariam muito trabalho e exigiriam muito talento de grandes matemáticos para serem entendidas.
Estava aí, a Teoria de Grupos e a teoria de Galois.
Vários manuscritos e memórias de Galois, encontrados após sua morte, foram publicados por Joseph Liouville e públicadas em seu Journal de Mathématic.
Mas, uma melhor avaliação de seus trabalhos veio depois com, Camille Jordan em seu livro “Traité des substitutions” e quando Felix Klein e Saphus Lie fizeram uso da teoria de Galois na geometria.
Um pouco da poesia do Pessoa!
- Fernando Pessoa, 1934
![Fernando_Pessoa[1] Fernando_Pessoa[1]](https://astromath.files.wordpress.com/2009/11/fernando_pessoa1.jpg?w=604)
Como disse a Ângela Rô Rô :…Quero mais Pessoa mais Maria, mais vinho mais poesia…
Então, vamos à uma poesia do Fernando Pessoa!
Como é por dentro outra pessoa…
Como é por dentro outra pessoa
Quem é que o saberá sonhar?
A alma de outrem é outro universo
Com que não há comunicação possível,
Com que não há verdadeiro entendimento.
Nada sabemos da alma
Senão da nossa;
As dos outros são olhares,
São gestos, são palavras,
Com a suposição de qualquer semelhança
No fundo.
Matemática uma ciência para os Homens? A “feiticeira” de Agnesi!!
Para quem acha que matemática é coisa apenas para homens, eis um brilhante contra-exemplo.
Maria Gaetana Agnesi, nascida em Milão, em 1718. Talentosa em diversas outras áreas, além da Matemática.
Aínda criança, dominava o Latin, o Grego e o Hebreu dentre várias outras línguas.
Com apenas nove anos de idade foi publicado um discurso seu, em latin, no qual ela defendia a inclusão das mulheres na educação superior.
Aos vinte anos de idade, publicou Propositiones Philosophicae, uma coletânia de vários ensaios, que tratavam de Matemática, Lógica, Mecânica, Hidrodimecânica, Gravitação, Mecânica Celeste, Química, Botânica, Zoologia e Mineralogia.
Em 1748, ela publicou Instituzioni Analitiche, cujo o objetivo era ajudar na formação de seu irmão mais novo. Suas 1070 páginas, representam uma grande contribuição a Educação Matemática.
Guido Grandi chamou a curva cúbica, estudada por Fermat, de Versória. O fato curioso é que quando Agnesi escreveu seu Institizioni Analitiche, ela confundiu versoria com versiera, cujo significado em latin é “Avó do Diabo” ou “Duende Fêmea”.
Quando o texto de Agnesi foi traduzido para o Inglês, por John Colson, ele trocou versiera por “witch” (feiticeira).
Razão pela qual a curva é conhecida por “witch of Agnesi” (feiticeira de Agnesi).
Este Post é dedicado a Priscila Ramos, minha estrela matemática.
Cantoria e Astronomia. Que combinação!!
Desde de muito tempo os poetas, os enamorados… Usam os astros, o céu…, para falar de amor, de suas musas e de seus sonhos.
Andando pelo Sertão Nordestino, ouvi muita cantoria, cantadores e cordelistas.
Tomei um “banho” de cultura popular, de rimas e versos…
Nesse contato com a arte nordestina tive o prazer de conhecer uma música que representa a criatividade e também o nível de informação dos cantadores, o que não é de surpreender.
Mas que mais chamou minha atenção foi o fato de os termos usados serem bem atuais e de uso de uma minoria no Brasil.
Bem vou deixar que a música fale por si só.
Música: Astronauta
Autores: Os Nonatos
Eu como astronauta visitei planetas
Transpus os limites do céu multicor,
Viajei a bordo dos meus pensamentos,
Fiz do coração um disco voador,
Em meio às galáxias do mundo universo,
Encontrei em marte a musa do amor,
Seu nome possui sinônimo de água,
Mas ela parece ser mesmo é de marte,
Madeixas da noite, estéticas de estrela,
Beleza que igual não tem em outra parte,
Eu estou em órbita entre a Terra e Júpiter,
Vigiando os astros que seguem seu passos,
No céu de sua boca meus lábios decolam,
E a nuvem de beijo encobre os espaços,
E essa massa cósmica que envolve os planetas,
Constituem os elos dos nossos abraços.
Seu nome possui sinônimo de água,
Mas ela parece ser mesmo é de marte,
Madeixas da noite estéticas de estrela,
Beleza que igual não tem em outra parte,
Na mitologia marte é o deus guerra,
Mas ela é a deusa da minha paixão,
Seu rosto tem traços da face da lua,
Seus olhos tem brilho de constelação,
E ela como a nave discovery já fez,
Uma aterrissagem no meu coração.
Água na Lua! Vida fora da Terra?
Há muito os cientistas vem procurando vida fora da Terra. Estes dias saiu uma notícia que merece ser comemorada, a descoberta de água na Lua.
Essa grande descoberta foi confirmada a partir de dados colhidos do satélite Chandrayaan-1 e das sondas Cassini e Deep Impact, da NASA.
Lembremos que no ano passado, foi aunciada a descoberta do planeta Gliese 581 C . Um fato importante a respeito desse planeta é que ele tem temperatura extimada entre zero e quarenta graus Celcius.
A descoberta foi feita nas instalações do European Southern Observatory, no deserto de Atacama no Chile, e foi batizado de Gliese 581 C porque orbita a estrela Gliese 581, que está a 20,5 anos luz do planeta Terra.
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